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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011


É isso, está decido.
Hoje de tardezinha, assim que o último raio de sol brilhar em minha janela eu partirei.
Partirei rumo à aquele tal encontro comigo mesma - adiado por mim tanta vezes -.
E , onde as segunda-feiras são sempre azuis, eu despedirei de tudo aquilo que faz parte de um passado que não faz mais sentido.
E com muita calma, eu desatarei aqueles laços pomposos e vermelhos que só servem mesmo para enganar os olhos de quem só vê bem com o coração; que só servem para embrulhar aquele sentimento vazio e fingir que "está tudo bem", quando na verdade todos sabem que falta chão, falta ar, falta mais amor.
Provavelmente esse ritual se estenderá por toda a noite e amanhã bem cedo antes que a primeira gota de orvalho caia, eu estarei fi-nal-men-te LIVRE de todos os pesares, de tudo aquilo que me prendia.
E só depois de olhar pra trás e conferir que está tudo, sem dó ou piedade, poderei enfim voltar.
E só pra ter certeza de que não foi um sonho, me diga: consegue sentir meu abraço? Consegue sentir meu breve, porém intenso, pulsar?
(...)
Então me abraçe e deixe que o mundo gire mais devagar, sem pressa para ser feliz.


Foto e texto por: Marcela Ferreira Oliveira

sexta-feira, 13 de agosto de 2010


Há um tempo em que é preciso
abandonar as roupas usadas,
que já tem a forma do nosso corpo, e
esquecer os nossos caminhos,
que nos levam sempre
aos mesmos lugares.
É o tempo da travessia:
e, se não ousarmos fazê-la,
teremos ficado, para sempre,
à margem de nós mesmos.

- Fernando Pessoa

Foto: Marcela Oliveira

quarta-feira, 12 de maio de 2010


"Está tudo planejado:
se amanhã o dia for cinzento,
se houver chuva
se houver vento,
ou se eu estiver cansado
dessa antiga melancolia
cinza fria
sobre as coisas
conhecidas pela casa
a mesa posta
e gasta
está tudo planejado
apago as luzes, no escuro
e abro o gás
de-fi-ni-ti-va-men-te
ou então
visto minhas calças vermelhas
e procuro uma festa
onde possa dançar rock até cair"


Caio F.

sexta-feira, 12 de março de 2010


Só por hoje decide largar as regras e voar com o vento
Desativei o despertador e desliguei o celular
Disse Adeus a quem amava
Chorei
Confesso que sentirei saudades desse lugar, desse cheiro, desse doce aconchego
Me perguntaram se eu voltaria, disse que talvez
Peguei algum dinheiro e muitas lembranças
Deixei em cima do criado mudo algumas poucas palavras, meu perfume e a água dos olhos
Arrumei meus pensamentos e fechei a mala
Parti em direção ao mundo
Finalmente poderei abraçar quem eu nunca vi
Sentir o perfume de lugares inexplorados
Tenho fome
Fome de cultura, de vontade insaciável de conhecer pessoas, de sentir a natureza mais perto de mim
Peço que me espere, sinto saudade dos seus ais; entenda-me for favor, eu deveras precisava disso, de viajar contra o tempo e me sentir livre
Todos nós temos um minuto de devaneio, guarde um abraço pra mim.

Texto por: Marcela Oliveira /Foto por: Lorrayne Oliveira

segunda-feira, 8 de março de 2010

"Ele te segue por onde vai
Percorre sua vida, seus pensamentos e lembranças
Sabe do ido, mais quem sabe do que vem?
Me diz coisas que quero esquecer, faz com que segundos durem um ano.
Se eu pudesse ao menos pará-lo naquele momento mágico, onde se perde o folêgo e se ganha amor.
Ás vezes damos valor demais para ele, desprezamos coisas simples, oportunidades raras.
Ah se eu pudesse ao menos controlá-lo fazeria com que as primaveras durassem no mínimo oito meses.
Volte pra mim, me faça compreender o passado e ter forças para seguir em frente.
Acordei criança e dormi velha, e a culpa foi dele.
E quando eu resisto ao teus encantos, me perco em páginas em branco de um futuro frágil
Talvez a culpa seja minha, seja quem sabe do destino, da chuva ou da tempestade.
Afinal, ele, era apenas o tempo."

Por: Marcela Ferreira Oliveira

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010


Com minha alma despida, deixo transparecer a todos o universo dos meus sentimentos, das minhas vontades e loucuras.
O meu imenso desejo de voar pelo horizonte perdido, o meu mais belo sonho de mudar o mundo e de claro, me ajudar também.
Ao contrário de antes, hoje quero ser ontem, quero poder enxergar as pessoas com um olhar mais puro, com uma solidariedade baseada nas minhas experiências do passado.
Mas o que fazer quando o desespero assombra a alma? Quando as respostas fogem do coração, quando a dúvida e incerteza insistem em permanecer em minha mente?
E hoje eu sei, que quando me sinto perdida, busco a paz no infinito do céu, na beleza da natureza e na simplicidade das pessoas.
Desejo ter conhecimento o bastantes para conseguir alcançar meus objetivos e saber ter ao menos compaixão e sentimento suficientes para me sentir livre, para conseguir compartilhar minha felicidade com todos ao meu redor.
Peço força o bastante para levantar após uma derrota e humildade suficiente para pedir um abraço sincero à quem um dia me negou um sorriso.
Quero sempre levar em meu coração o ideal de que na vida é preciso agradecer mais e reclamar menos.
Espero carregar em meus olhos o brilho eterno da fé e da esperança, ter amor, amor em excesso, amar amar e amar sempre...
Não sei o segredo da vida, não sei as respostas de todas as perguntas e não sou feliz cem porcento do tempo.
Apenas busco me encontrar em equilíbrio com a vida, com a natureza, ter coragem para me aceitar como eu sou, felicidade em viver e conseguir enxergar a beleza das pequenas coisas.
E como dizia meu maior ídolo da literatura Caio Fernando de Abreu:

"Que seja doce!"

Foto e texto por: Marcela Ferreira Oliveira

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Neste instante, me encontro perdida, ou melhor, não me encontro.

- Sem chão, ausente de qualquer sentimento concreto, é como se tudo tivesse fugido. Talvez eu esteja voando, talvez eu volte. Talvez eu permaneça perdida.
Alguém por favor me tire desse lugar, do nada, do meu pesadelo, do meu maior sonho. Procuro, procuro e não encontro a saída, a resposta, a certeza. Talvez a resposta seja deveras a incerteza e a porta seja quem sabe, uma janela, talvez eu não esteja perdida; posso estar no mesmo lugar de sempre, com os sentimentos habituais, pisando no chão que sempre pisei. A verdade é que só agora percebi que sou de plástico, e que minha vida caro amigo, é e sempre será uma grande farsa.

Por: Marcela Ferreira Oliveira

sábado, 30 de janeiro de 2010



"Escrever - e você sabe disso - pode eliminar essa sensação de gratuidade no existir, de coisas o tempo todo fugindo e se transformando em passado. Eu acho então que se escrever te dá um sentido para estar viva (ou a ilusão de um sentido, que importa?), então vai e escreve e diz tudo e rasga o coração, as vísceras, expõe tudo, grita, esperneia - no papel." Caio Fernando de Abreu

Foto por Marcela Oliveira.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010


Se o meu desengano não fosse tanto talvez eu te ajudasse a levar o ar tão pesado ao seus pulmões.
Mas eu estou ocupada.
Ou melhor: ocupadíssima, pensando em que sublime pensamento poderei ter daqui a três miléssimos, e te digo, que apesar dos pesares e indo contra as leis da física: estarei ao seu lado mesmo continuando aqui.
Se eu não pensasse tanto talvez eu deixaria de besteiras...
E enfim eu te deixaria só.
Trancafiada em um quarto ouvindo Rolling Stones (porque sei que sua praia é Chico Buarque) sonhando com coisas inexistentes e em sentimentos derretidos.
Se eu não gostasse tanto de olhar o vento e sentir o céu, eu me mudaria para a Lua (literalmente) e me jogaria lá de cima. Só pra testar se realmente tenho assas como você diz.
E se eu não tivesse assas [...]
Talvez você me buscaria.
Aaah se eu gostasse de me arriscar voaria logo daqui, desse mundo tão banal onde objetos estranhos são considerados "essenciais".
Aqui onde o amor e a paz são trocados por sonhos de plásticos expostos em uma caixa colorida cheia de imagens surreais e sons fantasiosos.
Ás vezes acho que mudei de mundo e nem vi, mas, depois de um tempo eu acordo e me vejo aqui deitada no sofá com a televisão ligada e um copo de coca-cola pela metade.

Foto e texto por: Marcela Oliveira

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

E eu continuo a te esperar, para que possa se encantar com tudo o que eu sinto e sinto muito por ainda não te conhecer, mas sei que quando me ver vai se apaixonar e vai querer cantar uma bossa não tão nova aos pés do meu ouvido.
Eu irei me enlouquecer e querer que dure pra sempre aquela magia sem mágicos, com apenas duas pessoas que sonham em se encontrar e que o sentimento é tão intenso que faz com que os pensamentos sejam opostos : um sim e outro não; pois aliás todos sabem que dois sim formam um não e dois não formam um nem pensar, por isso acredite em mim e sinta no seu travesseiro o meu cheiro, o nosso cheiro que apesar de divergentes são incrivelmente iguais.
Meu amor, minha flor eu te perdoou por não existir e por não sentir o que eu sinto, sei que ninguém é perfeito e eleito o melhor do mundo, mas nós dois seremos felizes, mas antes que isso aconteça quero que mude seu jeito de agir e de sentir como ser humano, vamos ser anjos e voar pelo horizonte perdido onde o mar é rosa e não de rosas.
Esvazie sua mente vazia que acha que o mundo é um cabaré, que a ambição de ter tudo é não ser tudo, que meu rock pode não te impressionar mais a vida é mesmo assim, uns acham e outros se acham, melhores ou piores, sujos ou mal lavados, mais não importa porque um dia a morte baterá á porta e no fim o fim de todos será igual.
Na próxima vida talvez você perceba que eu posso sim, existir, sentir, pensar e voar e te levar comigo pra bem longe daqui ou dai. Vamos ser o queremos ser ou não ser e não ter em que se preocupar, deixar o esmalte descascar mas não desgastar como um romance de verão.
Vamos ser felizes juntos em um mundo sem adjuntos onde eu só exista pra você e vice-versa.

Por: Marcela Ferreira Oliveira

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Eu costumo chamar de amor (...)


... Tudo aquilo que me faz bem, tudo que me faz sentir completa, aquele sentimento puro e verdadeior que pode durar um segundo ou uma vida.

Por: Marcela OLiveira,18:49. (21-01-09)

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Até quando ?


segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

"(...) é que vivo em eterna mutação, com novas adaptações a meu renovado viver e nunca chego ao fim de cada um dos meus modos de existir. Vivo de esboços não acabados e vacilantes."(Clarice Lispector)

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007


Meu coração não é escrito a lápis. As pessoas que passam ficam permanentemente em meu ser, em minha alma em minhas recordações. Um simples olhar, um " oi, tudo bem? como vai ?", um sorriso, um abraço... duram pouco, mas quem disse que o valor está no tempo? O tempo, o relógio, os dias, as estações do ano, tudo isso são banais, me prendem em uma vida cheia de números e limitações. Viver é ser livre pra amar quem quiser, quem puder. Em especial há quem cuida de mim, me apoia; são os raros amigos, aqueles que EU escolhi amar sem se importar com a hora que os ponteiros do relógio marcam. Amar é não ter limitações é ser amigo sempre, é levar para o resto da vida pequenas coisas e grandes pessoas. Os erros não importam, e os defeitos são relevantes diante á vasta imensidão disto: a amizade eterna.


Um amizade tão rara, tão mágica que eu encontro em algumas pessoas, ou anjos, tanto faz. E são elas que me fazem ser o que sou, são elas que me fazem rir, são elas que me sustentam. Amigos é a família que agente escolhe. - texto dedicado a um anjo chamado Murillo, meu popstar



Por: Marcela Ferreira Oliveira

Meio minuto

meio minuto. Foi o tempo que nosso amor durou, tempo suficiente para sentir meus pés fora do chão, degustar os mais diversos fetiches. Apesar de curto foi lindo, e apesar dos pesares será eterno e mesmo que você não queira as nuvens serão pra sempre de algodão. Quando eu disse que você é minha metade eu estava falando sério, muito sério. E esse meio minuto não me importa mais, pois eu sei que foi uma eternidade imovel, que nunca sairá dos meus pensamentos. Prometa-me voltar, só isso que peço, e por sua causa na outra encarnação gente eu quero ser, para poder desfrutar de mais - quem sabe- meio minuto de seus beijos.

Por Marcela Oliveira. no dia 20 de Dezembro às 13:15

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

A sirene da ambulância mostra o quão somos frágeis diante a tão forte natureza da vida, talvez. se fossemos mais VIDA, se soubéssemos nos alimentar, amar e aprender a planejar os passos para que no futuro um abismo não nos surpreenda. Até mesmo a amizade é frágil, os amigos. são sensíveis e as vezes o pra sempre não dura tanto assim, eles partem mais levam consigo um pedaço da gente e é isso que faz com que a amizade seja sempre eterna apesar dos imprevistos. Faça-me acreditar que você me fará flutuar, que os pólos podem ser opostos, mas que no fim eles sempre se tornaram um só, um só corpo, um só caminho, uma só opinião. Me faça acreditar que minha fantasia é frágil e que minha realidade é concreta, ou o contrario, apenas me faça acreditar em algo, algo de verdade que eu levarei pro resto da vida. Meu rock pode não te impressionar mais eu não ligo, eu não me importo, eu não me preocupo mais com você, nesse mundo de ganância e pré-conceitos sua sugestão se torna impura e meu amor por ti já não sei se é real. Já cheguei a um ponto de não confiar e muito menos acreditar em ninguém, não sentir mais o calor do te abraço talvez seja a explicação, não sentir meus pés talvez seja uma sugestão ou um conclusão de que : eu não pertenço mais a este mundo em fúria. Pode ficar ai com seu samba, com suas conclusões, eu estou bem aqui onde estou, imóvel mais inconscientemente dançavel. No futuro os opostos se tornaram postos de verdade, os rios serão mares e o mediterrâneo será morto. Não sei se busco a felicidade, ou se busco o oposto ou se busco os pólos, e se busco um novo mundo cheio de fantasias da minha infância. Sem confiança e sem chão, permaneço aqui, elástica, articulada, frágil, indestrutível e insanamente maleável.

Por: Marcela Ferreira Oliveira

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Um quarto



Um quarto do céu é tudo que eu preciso. Meu sonho, meu pesadelo, nos meus dias e nas tão monótonas noites de inverno é nisso que eu sempre penso: um quarto do céu. Não importa o que os outros acham, nem o que pensam. Eu sempre quis e
sempre desejarei possuir um quarto do céu. Desde de pequena meu pedido sempre foi o mesmo.
Cresci.
A esperança de enxergar um mundo mais colorido se foi, e o que ficou foi o meu desejo explícito de possuir aquilo de mais lindo na natureza.
E o encanto das variadas cores: azul escuro, rosa claro, cinza, azul com branco, alaranjado [...] Todos os modelos me encatam de forma sublime. Uma coisa tão pura e tão longe de minhas mãos. Tão perto e tão belo que me assusta nos dias mais revoltos, como em uma chuva de verão, forte e devastadora. Mas nem as chuvas, nem a neve me fazem desistir, o frio é
só um detalhe pois na primavera as flores dão um ar de graciosidade a minha imensidão azul. É o meu refúgio, nunca me abandona, nunca foge e ás vezes até chora comigo, e quando eu preciso de um abraço é só sentar na grama, sentir o céu e olhar o vento. Imaginar formas nas nuvens que podem sim ser de algodão, basta querer. E se hoje, voltarem a me perguntar :
- Qual o seu sonho ?
Sem dúvida do que meus lábios se moveram a fim de expressar meu desejo nada secreto.
- Eu quero... um quarto no céu.
- Um no quarto do céu ou um quarto no céu ?
- Não importa, pode ser um pedacinho ou uma sala, apenas me dê uma
parte daquilo de mais belo que a natureza possui. É só isso que eu
peço.



Por Marcela Ferreira Oliveira ás 12:11 pm do dia 11 de Dezembro de dois mil e sete.